MULHERES UNIFÉ

O que a Igreja espera da mulher 

Por: Deuza Maria de Avellar
Psicóloga, graduada pela Universidade Gama Filho - Rio de Janeiro. Especialista em psicologia clínica e em logoterapia pelo CPPC - Curitiba. Especialização em aconselhamento e psicologia pastoral (latu sensu) - em conclusão. 

“...a mulher precisa resgatar em Deus a sua verdadeira identidade de filha amada, capacitada pelo Espírito e chamada a uma vocação pessoal e intransferível”. Isabelle Ludovico – Irmãos em Ação / Janeiro de 2006. 

Meu Deus! Como Isabelle foi feliz em seu artigo, mas especialmente nesta frase! 

É interessante pensar que de maneira alguma esta premissa se refere a concorrência nos papeis de homem x mulher. Não, de maneira alguma! Mas precisamos falar de mulher, que foi concebida pelo Criador como alguém a quem Deus chama para fazer parte da história da família, como esposa, mãe, mulher, dona de casa. É verdade que, nisso tudo, a submissão é a grande máxima. Mas também é verdade que a mulher não se resume apenas a isto pois a sociedade espera e necessita muito da participação da mulher. 

E a Igreja, o que espera? O que ela necessita dessa mulher?

Podemos fazer mais do que criar filhos, mais do que cuidar e administrar nossas casas. Podemos mais do que ser mulheres admiráveis para nossos esposos. Sim, porque nosso grande potencial de participação e contribuição na construção da história da igreja em nada diminui por sermos pessoas do sexo feminino. Isto é tão verdadeiro que a Bíblia está cheia de biografias femininas, tanto no Antigo como no Novo Testamento. 

Podemos (e devemos!) continuar submissas. Faz parte, mas não é tudo! Porque submissão não significa passividade nem inutilidade, e muito menos mediocridade! 

Por isso acredito que há mais vagas para mulheres nas atividades de nossas igrejas. Não só como auxiliares, babás e professoras, mas também nos conselhos deliberativos. E também nos púlpitos! Porque não?! 

Ed Silvoso, em seu livro “Mulher – Arma Secreta de Deus”, apresenta uma profunda reflexão sobre a necessidade de repensarmos o papel da mulher cristã nos dias de hoje. A proposta não é uma “guerra dos sexos”, como no âmbito secular, mas reconhecer que Deus tem chamado mulheres à ministérios, sim! A igreja, embora liderada mormente por homens, precisa reconhecer este chamado, sem medo de uma ameaça ao seu papel, mas com temor e tremor diante daquele que chama e capacita. Para Deus, sexo não é o que define o chamado. 

Não estamos tratando de feminismo religioso. Isto é coisa mundana! Ed Silvoso tem uma opinião bem clara a respeito: “Ao buscar respostas nas escrituras, descobri que Deus está profundamente interessado em ver homens e mulheres reconciliados, primeiro com Ele, depois entre si... Ele quer reconciliação e tem planos para homens e mulheres ministrarem lado a lado em uma colheita mundial de almas sem precedentes”. Eu diria mais: somente a partir desta reconciliação poderemos ser o que, como Igreja, Deus nos chama para ser e realizar. 

Também é Ed Silvoso que afirma: “Satanás tem passado séculos diminuindo as mulheres e transformando uma teia de mentiras em uma formidável rede de opressão para colocá-las para baixo... ele tem trabalhado duro para manter as mulheres rebaixadas, oprimidas e humilhadas. Ele tem confundido nosso entendimento a respeito das Escrituras, de forma que as mulheres não cheguem ao ministério”. 

Acredito que existe uma primeira restauração, e esta deve ser em nós, mulheres. Precisamos vencer o medo de que um chamado ministerial para nossas vidas signifique rebeldia e insubmissão aos nossos cônjuges e às nossas lideranças. Não é isso! De jeito nenhum! 

Amada, se Deus tem falado de maneira íntima sobre o que Ele quer de sua vida, se Ele tem dado convicções a respeito do seu papel no Reino, submeta estas impressões primeiro ao crivo do Espírito Santo, consolide sua convicção a respeito de quem você é em Cristo (independente de identidade de gênero) a respeito de quem é Jesus Cristo em sua vida. Ninguém de nós deveria dar um passo sequer, para lado nenhum de nossa existência, sem tais convicções. Quando nós mulheres e homens, tivermos como chão de nossa existência esta convicção consolidada pelo relacionamento profundo e íntimo com Deus Pai, Deus Filho e Deus Espírito Santo, o resultado será Deus sendo glorificado através de nossa instrumentalidade. E não tenha dúvida de que o cumprimento da palavra de Deus se dará em sua vida: “Por seus frutos os conhecereis. Porventura colhem-se uvas dos espinheiros ou figos dos abrolhos?” (Mt. 7:16) 

Faz-se necessário vermos restaurados os projetos de Deus para nossas vidas. E esta é a hora! Também é hora de descobrirmos que nos é permitido sonhar os sonhos de Deus. É a hora de experimentarmos a concretização dos projetos de Deus em nossas vidas. Nós, mulheres, temos um lugar reservado no estabelecer dos planos de Deus. Ele nos chama e nos dá uma parcela a ser semeada em Seu Reino. 

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